Analistas preveem o futuro da Gap

Segundo analistas, a Gap poderá ser um bom investimento, mesmo que as vendas continuem caindo alguns pontos percentuais este ano, referindo-se positivamente aos 500 milhões de dólares em custos que foram eliminados desde 2007 até 2010. Resta saber a explosão de cores da nova coleção da marca vai ser apreciada pelos consumidores. Porém, para os especialistas, o negócio está estabilizado e gerando fluxo de caixa coerente.


O grupo sediado em São Francisco, que detém as marcas Gap, Old Navy e Banana Republic, gerou 1,2 bilhões de dólares de fluxo de caixa, e distribuiu 2,2 bilhões de dólares para os acionistas, através de recompras e dividendos em 2010. A empresa deverá também beneficiar-se de um impulso significativo resultante dos custos mais baixos do algodão.


Aparentemente, a Gap tem decepcionado os consumidores nos últimos anos, resultando em vendas fracas e grandes períodos de liquidação. Há quase uma década que a marca luta com a moda, perdendo para rivais como o grupo Inditex, que a ultrapassou como maior varejista do mundo em vendas de vestuário no ano de 2010.


No dia 2 de fevereiro deste ano, a Gap registrou uma queda de 4% nas vendas de janeiro, menor do que a queda de 4,9% prevista pelos analistas, gerando esperança de potencial de renascimento.


Apesar de alguns investidores estarem satisfeitos com os sinais de melhoria, a Gap ainda não está fora de perigo. O consultor de comércio Jan Kniffen é cético sobre se a empresa poderá revigorar o seu negócio, considerando que a marca é muito antiga e grande para continuar em ritmo de crescimento.


A Gap está presente em 90 países e tem 3.100 lojas operadas diretamente e cerca de 200 lojas franqueadas, além de e-commerce.

PORTUGAL TÊXTIL | FOTO: EQUIPE GUIA JEANSWEAR