Uma leitura sexy bastante peculiar se diferencia dos demais editoriais dedicados ao denim na edição de março da revista Número, de Tóquio. Nele, o denim dialoga com o couro, através de acessórios com claro apelo de luxúria.
A linguagem jeanswear é eficaz em manter o bom tom e o conceito chic das produções. Um certo ar de soberba é adquirido por peças do guarda-roupa índigo com jeitão de todo-o-dia como a camisa chambray, o jeans e o macacão workwear. O tom rebuscado de alta moda é dado pelo vestidinho Chanel e o sobretudo Ksubi em denim.
A análise do editorial evidencia o poder de barganha do jeans na temporada, e encoraja a superação do look double denim desdobrando-se em triple denim. A influência do jeans é tamanha, que sua linguagem migra para o make e formula o conceito das produções de moda.
No diálogo com o couro, a leitura sexy é inevitável. O editorial apenas usa tal característica de forma mais evidente e literal, extrapolando o conceito “biker” e buscando a essência da experiência provocada pelo toque e conceito do couro. O imaginário coletivo global está praticando o charmoso jogo da sedução, esta é uma fantasia em alta. O couro, e o denim, são os representantes de tal imaginário.
ViVIAN DAVID / FOTOS: REPRODUÇÃO