Cada setor de moda tem seu modo de criar o argumento comercial definitivo, que vai mover o impulso de compra. Toque, visual, aparência e qualidade. Estas são as falas mais frequentes, até o momento em que o assunto é o jeanswear. Bom, aí a história muda e vira uma verdadeira coleção de idiomas segmentados, para falar exatamente o que o público quer vestir. O que seu consumidor quer? Um visual atual que não envelheça? Uma moda livre de culpa ambiental? Um fit lisonjeiro? Ou uma ligação afetiva?
São demandas que na maioria das vezes, permanecem absolutamente subliminares em um jeans, quando seu formato de apresentação é um mero cabide. Logo cabe às grifes, comunicarem e sinalizarem estas informações, com alma e sabedoria, através dos tags.
Um dos argumentos atuais mais invisíveis em um jeans, também o mais convincente, é sua origem eco-friendly. No showroom da espanhola Jeanologia, encontramos modelos que comunicam por diferentes cores e símbolos, o nível de impacto usado no acabamento de cada peça: do alto ao baixo. Assim além de deixar o consumidor absolutamente ciente de suas escolhas, o tag compartilha um pouco do orgulho da grife, pelo alcance de um patamar mais elevado de tecnologia.
Os tags criados para comunicar informações de vestibilidade e modelagem, também apresentam sinais de evolução. Entre as mais notáveis, temos o formato consagrado da foto com modelo vestindo um determinado fit, levada para o mix masculino; a exemplo da Sonny. A moda masculina já conquistou uma diversidade numerosa de modelagens, e o simples desenho não cativa mais. A proposta é apresentar na foto também um look que esclareça que estilo pessoal o fit sugerido veste. Os tags femininos, por sua vez, estão descrevendo de forma cada vez mais minuciosa, a experiência do vestir o jeans. Com riqueza de detalhes, as narrativas mencionam os mais sutis ajustes que cada modelagem promove, no sentido de favorecer a harmonia das mais diferentes silhuetas. É quase como propor a compra de um novo corpo – eis a ideia.
Já aquele jeans que busca incluir o consumidor em todo um lifestyle irreverente, tornando sua fantasia mais visível ao consumidor: este deixa vestígios de sua existência real. Através de estampas de manuscritos, as grifes compartilham suas paixões e ideais. Frases como “Denim é nosso mundo” criam elos e ligações de afinidade com o imaginário do consumidor. Tags em forma de notas fiscais, simulando vazamento intencional de documentos internos da grife, fazem um chamado ao observador para o valor imaterial da marca. Confira.
Fonte: Vivian David | Fotos: Equipe Guia JeansWear
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