Momento cinza na moda jeanswear by Ju Medina e Geisa Camalionte

Estamos vendo muitas lavanderias trabalhando tons de cinza e, por isso, essa semana resolvemos abordar esse tema: CINZA no jeanswear.

Muito se viu temporadas atrás o black e suas derivações (tons de cinza) nas passarelas, vitrines e até mesmo na moda streetwear internacional. E não estamos falando de black para o inverno não! O BLACK há muito tempo tem aparecido em toda e qualquer estação!!!

Falando de Brasil, nós acreditamos na “abertura do olhar” do consumidor para novos tons que a moda jeanswear pode oferecer. O fato é que, o consumidor de jeanswear está saturado com a abundante oferta do denim azulão ou azul tipo super stone, de visuais extremamente manchados etc, embora o azul ainda seja o “core” do jeans. Mas por que não variar, não é mesmo?

Nós costumamos ressaltar que o jeans precisa “harmonizar” com as outras peças de malha e tecido plano que, por vezes, pode compor o look do consumidor. E, aí sim, analisando sob esse espectro, temos talvez, uma das justificativas para o aumento da produção de tons acinzentados dentro das lavanderias. E cá entre nós, uma peça jeans acinzentada deixa qualquer visual moderno e excêntrico, saindo do óbvio blue jeans.

Entretanto, para chegar a tons de cinza dentro da lavanderia não é tão “simples” quanto parece. Não é somente pegar um artigo black e “derrubar” o tingimento. Como todo e qualquer processo no beneficiamento, é necessário saber se o tingimento é black-black (urdume e trama ambos preto), se é um blue black, se é um bottoming ou topping, sem falar na característica do corante.

A partir daí, de acordo com o que foi pedido pelo cliente, a lavanderia decide com qual químico trabalhar: redutores, oxidantes, ozônio etc. Na nossa opinião, o mais importante no CINZA é ter cuidado com a aparência final do produto. Considerando, principalmente, o brilho e limpeza da peça. Aliás, esses dois tópicos deveriam ser premissa básica de todo e qualquer produto jeanswear!

Se não cuidar do brilho da peça, pode-se sair do jeans moderno e excêntrico que mencionamos, para o jeans com cara de velho, ensebado e sem graça. E aí caímos naquela máxima de “que o que não vende é peça feia”, independente do público-alvo e/ou faixa de preço.

Se vocês quiserem que abordemos ainda mais esse tema, falando “à moda Ju Medina e Geisa Camalionte” que vocês já conhecem, sobre processos e produtos químicos, deixe aqui seu comentário ou mande um direct para nós lá no Instagram. Nós adoramos ouvir as sugestões e receber os feedbacks de vocês!

Um grande beijo nosso!

Fonte: Ju Medina e Geisa Camalionte | Foto: Divulgação