Feng Chen Wang apresentou na Paris Fashion Week a sua coleção intitulada “Memories. Imprinted.”, misturando técnicas artesanais, como impressão de contato botânico em seda, com alfaiataria e jeans descontruídos.

“Até as folhas têm suas próprias memórias”, disse a estilista que usou como referência para a coleção as memórias que criou com sua falecida avó, escolhendo suas plantas favoritas para serem enroladas na seda usada para a estampa de folhas e criando impressões mais enigmáticas com cores em tecidos transparentes – organza de seda ou nylons.
A alfaiataria, cada vez mais proeminente em suas coleções recentes, foi cortada com precisão e salpicada de refinamentos que se inspiraram em sua herança chinesa, como na forma das lapelas de uma jaqueta ou no fecho de tecido com botões de madeira. Um decote arredondado tirado de roupas tradicionais também remetia a camisa de beisebol, simbolizando o tipo de polinização intercultural cativante que Wang gosta de praticar.
A marca está atraindo um consumidor mais maduro com seu foco cada vez maior na alfaiataria, mas isso não quer dizer que ela deixou para trás o jeans e as peças desconstruídas das temporadas anteriores. Esses renderam blazers trompe-l’oeil de camada dupla, jacquards com motivos de dragão – remetendo aos contos românticos, mas também ao signo tutelar para o próximo ano lunar.
Fonte: Ana Gimonski | Foto: Divulgação