Neste mês de maio, a França recorda o aniversário de 50 anos desde os protestos dos estudantes, em 1968 nas ruas de Paris. E foi através das fotografias que relembraram o episódio, em uma recente exposição em Roma, que a atual designer de Dior foi buscar nos arquivos da marca o que a casa estava fazendo na época. Lá, Maria Grazia Chiuri, criadora atual, encontrou a fantástica imagem de uma mulher jovem e chic protestando a falta de minissaias no interior da loja. E assim, surgiu a inspiração para a coleção Christian Dior, referencial para o nosso Inverno 2019.
Chiuri então apostou no visual das roupas do final dos anos 60, nos crochês e bordados e apresentou tudo isso numa conveniente postura feminista para era Trump. Os patchworks, trouxeram a reprodução dos arquivos das estampas de Dior da década. E o denim, por sua vez, viabilizou as misturas com o outerwear metalizado, o contraponto com as peles e a combinação do look total denim em longos e militares sobretudos.
Colocado sempre em visual decorativo, explorando nuances de azul; a base índigo variou sua superfície entre o visual mosaico e estampado brincando com as tonalidades do azul. Entrepernas tubulares constaram como fit direcional, mas o que a casa Dior de fato enfatizou tanto no denim quanto nos demais materiais, foi o direito de usar saia. No comprimento mídi, ou no desenho do vestido: a marca não deixou dúvidas de que as interpretações que reivindicam feminilidade serão uma importante tendência direcional.
FONTE: Vivian David | Fotos: Yannis Vlamos / Indigital.tv