O styling do desfile reforçou a atitude punk com acessórios carregados: meias arrastão ou de renda, broches de segurança oversized, cintos com tachas e botas de couro complementaram os looks. A mistura de tecidos – denim com couro, renda e xadrez– destacou ainda mais a ideia de contraste, um dos pontos centrais da proposta de Bekker. “Queríamos um pouco de conflito”, explicou a estilista, referindo-se à combinação entre diferentes padrões e texturas.
O look total jeans também teve seu momento na passarela, com um conjunto que reforçam a tendência do “denim sobre denim”. Lavagens escuras e cortes ajustados contrastaram com versões oversized e desestruturadas, criando um jogo entre masculinidade e feminilidade. O jeans, longe de ser um básico comum, apareceu como um elemento de empoderamento, reafirmando a identidade da mulher Marant.
A coleção reafirma que, para Isabel Marant, o denim é muito mais do que um item casual – é um símbolo de atitude. Com referências que vão de Siouxsie Sioux a Kate Moss, passando por Grace Jones, a marca conseguiu traduzir a rebeldia do punk para uma mulher contemporânea, que combina elegância e irreverência em cada peça que veste.
Fonte: Ana Gimonski | Foto: Divulgação