Cases de inovação unem startups e grandes indústrias através do Fashion Hub Tech

Durante a semana de lançamentos na Denim City SP, os convidados puderam participar de diferentes palestras que trouxeram informações riquíssimas para o mercado denim.

Dentro os assuntos, Tereza Cristina Horn abordou os Cases de Inovação com a Fashion Hub Tech, empresa aberta da indústria de moda que tem como objetivo unir as startups às grandes companhias para que elas possam cumprir as metas de sustentabilidade e inovação.

Fashion Hub Tech que tem como idealizadores, Tereza, Rodrigo Santos e Bruno França e apresenta como frentes de trabalho – desafios, tendências e oportunidades de negócios, cultura, eventos, ecossistema, governança e investimentos.

“A inovação aberta começa com a mudança de mentalidade, na cocriação de parceiros externos, startups entre outros”, afirma Tereza.

O Programa de Inovação Aberta consiste em:

1. Mapeamento de desafios

2. Prospecção de soluções

3. Triagem dessas soluções

4. Implementação da prova de conceito

5. Compartilhamento de resultados

Estiveram presentes empresas que participam desses processos como Vicunha e Lycra(R) e as startups Âmago de Felipe Vidoto, Aterra com Leonardo Aguiar e Ubivis com Paulo Henrique Souza.

Daniela Falcão, que foi diretora da Vogue, esteve presente com sua plataforma Nordestesse.

Foram apresentados os últimos cases de inovação e as soluções divulgadas pelas startups. Na Lycra(R), por exemplo, há a  necessidade de um descarte correto de resíduos de elastano e materiais sintéticos e aÂmago ofereceu a possibilidade  de reciclagem química para reaproveitar essa matéria-prima em outros processos ou produtos como espumas.

Já a Aterra desenvolveu um processo para reciclar outros resíduos da Lycra(R).

Na Vicunha, um dos problemas, é a perda de recursos e tempo pela diversidade de produtos. E a Ubivis conseguiu integrar todos os processos num banco de dados.

Já a plataforma Nordestesse é um hub criativo que une os criadores do Nordeste aos grandes centros de consumidores e fornecedores do Brasil.

“Faltava essa ponte, contato com a mídia, escoamento de produção(….)Aproveitei esse respaldo que eu tinha na moda para fazer essa curadoria e atualmente vendemos também na Grécia e Portugal. E hoje,  o foco é tornar essas marcas conhecidas”, comenta Daniela. “Por terem poucas oportunidades, eles precisam ser mais criativos. A negociação também é mais difícil pois a maioria dos suprimentos se concentra no Sudeste”.

Entre as empresas que fazem parte do Nordestesse, Daniela destaca a Catarina Mina que cria bolsas, acessórios e peças em crochê com conceito urbano, George Azevedo que trabalha com as sobras de jeans ou peças que não passaram pelo controle de qualidade de magazines como a Riachuelo, para produzir lindos produtos no processo upcycling e a marca Açude que trabalha especificamente rolos de tecidos que sobraram em estoque, negociando um valor mais barato e indo na contramão das tendências.

A partir de 5 de dezembro, a Nordestesse chega a São Paulo, com uma pop up nos Jardins com várias marcas do coletivo;

Lycra(R) vem trabalhando em um novo fio, derivado do milho, para ser lançado em 2024, além de projetos para coletar resíduos de confecções que possam se transformar em novos fios e retirar do mercado peças de roupas que seriam descartadas pelos consumidores para a produção de matérias-primas.

Vicunha acaba de lançar sua V. Laundry no Ceará, um espaço de inovação. “É um conceito novo no sentido de trazer toda a tecnologia para o desenvolvimento de produtos inovadores e sustentáveis”, comentaPaulo Makiyama, gerente geral e industrial da Vicunha.

Assista aqui o video completo do Talks.

Fonte: Vanessa de Castro | Foto: Denim City.