Lacuna nas Regras de Importação Prejudica Varejistas de Moda nos EUA e Europa

Estatísticas recentes sobre moda fast fashion e regulamentação de importação revelam que Temu, Shein e outras empresas entregam 4 milhões de caixas de produtos aos EUA todos os dias, sendo metade dessas caixas de roupas. Isso equivale a 60 milhões de caixas de roupas por mês ou 720 milhões por ano. Com uma estimativa de $10 por peça, estamos falando de $7 bilhões em roupas subtraídas das vendas de varejistas dos EUA e Europa nos EUA. Ao contrário da Shein ou Temu, esses varejistas locais pagam impostos e tarifas.

Uma lacuna nas regras de importação dos EUA, chamada Valor De Minimis, permite que empresas da China enviem roupas sem pagar tarifas, enquanto varejistas como Target, Gap e Walmart pagam impostos de renda e tarifas. Esse cenário é prejudicial para a indústria da moda dos EUA, que vê uma parte significativa de seu mercado ser tomada por essas importações sem regulamentação.

Além disso, há preocupações sobre a conformidade social, protocolos de segurança e preocupações ambientais nas fábricas que produzem para a Shein e Temu. O governo dos EUA está determinado a impedir a importação de roupas contendo algodão de Xinjiang, mas parece negligenciar que essas 720 milhões de roupas possam conter a fibra banida.

No Brasil, a situação é semelhante. Apesar da iniciativa da ABIT para enfrentar o problema, a indústria da moda brasileira continua sendo prejudicada pela importação massiva de roupas dessas empresas, afetando negativamente os varejistas locais que cumprem com as regulamentações fiscais e aduaneiras.

É uma situação preocupante, pois esses varejistas internacionais exploram uma lacuna que prejudica a indústria da moda nos EUA, Europa e Brasil em diversos níveis. A indústria precisa se unir e pressionar ainda mais os políticos locais e nacionais para que essa prática seja interrompida. É necessário agir imediatamente para corrigir essa injustiça e proteger o mercado local.

Fonte: Redação | Foto: Divulgação