A Shein, gigante do fast fashion, foi apontada como o varejista de crescimento mais rápido no mercado global de roupas em 2024, segundo dados da GlobalData. A marca registrou um aumento de 0,24 pontos percentuais em sua participação de mercado, alcançando 1,53%. Esse crescimento é atribuído à sua estratégia de preços baixos e à rápida adaptação às tendências da moda. Apesar das críticas constantes em relação às suas práticas trabalhistas e ao impacto ambiental, a Shein continua a expandir sua base de clientes globalmente, impulsionada pela capacidade de responder rapidamente às mudanças do mercado.
O sucesso da Shein veio em meio a um cenário de declínio para outros players do fast fashion, como Asos e boohoo.com, cujas vendas caíram consideravelmente nos últimos anos. Pippa Stephens, analista sênior de vestuário da GlobalData, explicou que o crescimento meteórico da Shein tem sido um fator determinante para a perda de participação de mercado desses concorrentes. A marca tem dominado as vendas online, atraindo consumidores com sua oferta acessível e ágil.
Embora a Nike continue sendo o maior varejista do setor, com uma participação de mercado de 2,85%, a empresa registrou uma queda de 0,15 pontos percentuais em relação ao ano anterior, marcando o maior declínio entre os dez maiores varejistas de roupas. Este retrocesso representa uma mudança significativa no desempenho da marca, que tradicionalmente dominava o mercado de roupas esportivas. Em contraste, a Adidas viu sua participação crescer 0,17 pontos percentuais, alcançando 1,79%, impulsionada pela popularidade de suas linhas de calçados lifestyle Originals.
A Zara também se destacou, com sua participação de mercado estimada em 1,24%, após um crescimento de 0,05 pontos percentuais. Isso se deve à sua cadeia de suprimentos local, que permite uma resposta ágil às tendências da moda e à sua ampla atratividade entre diferentes faixas demográficas. Já a H&M viu sua participação cair para 1,06%, uma queda modesta, mas significativa, atribuída à falta de inovação em seus designs, que não conseguiram capturar a atenção dos consumidores de forma eficaz.
Por outro lado, o mercado de luxo apresentou resultados mistos. Marcas de luxo ultraexclusivas, como Hermès e Chanel, continuam a ganhar participação, com estimativas de crescimento para 0,55% e 0,59%, respectivamente. Porém, marcas de luxo mais acessíveis, como a Gucci, enfrentaram uma queda significativa, com sua participação de mercado projetada para cair 0,10 pontos percentuais, refletindo os desafios do segmento de luxo em um cenário econômico em constante mudança.
Fonte: Ana Gimonski | Foto: Divulgação